sexta-feira, 20 de maio de 2011

PRIMEIRA PROCISSÃO EM HONRA DE SÃO PAULO



Dos Arquivos Paroquiais poderemos extrair a seguinte informação:

23 de Setembro do Ano de 1917

"Ás onze horas começou a festa em honra de S. Paulo que constou de missa cantada pelo Pe. Dionizio M. d’Almeida, coadjutor da Povoação e escrivão da Ouvidoria, acolitado pelos Rev. Andrade e Frederico, fazendo parte da capella alem dos mencionados o Rev. Bulhões de Villa Franca e em quem mais uma vez pregou o Rev. Vigario do Pico da Pedra um substancioso sermão. A esta festa não assistiu S. Excia. por se achar fadigado por tanto trabalho. De tarde em muito boa ordem saiu a procissão em que foram conduzidos os andores de S. Nicolau de Tolentino, San Paulo, Nossa Senhora da Graça e Menino Jesus; levando o Santo Lenho sob o palio o Rev. Teixeira acolitado pelos Revs. Andrade e Frederico, seguindo atraz do palio S. Excia. Rev.sima ladeado pelos Conego Bettencourt e Ouvidor da Povoação."

Passagem de Nossa Senhora de Fátima (Virgem Peregrina)




Ano de 1948



Dos Arquivos Paroquiais extraimos a seguinte noticia:

Em 23 de Junho, pelas dezoito horas e trinta minutos, a Imagem da Virgem de Fátima Peregrina, visita esta freguesia, sendo recebida com tal entusiásmo que raia pela loucura, atravessando os barcos todos de velas ao ar, baixando-as á maneira que a Senhora passava no seu carro triunfal. Toda a estrada, quasi dos túneis até á igreja, Espraiádo, com todas as colchas que há nas arcas, lençõis, verduras que parecia nunca mais acabar. Foi curado miraculosamente António Linhares de Deus Abarrota, sapateiro e comerciante que sofria á quasi três anos, de uma flebite numa perna, podendo já andar, ajoelhar-se o que não fazia há muito. Há ainda outras curas. A Imagem Peregrina veio de avião de Lisboa ao Campo de aviação das Lajes no dia treze de Junho, percorrendo esta ilha terceira e entrando em Ponta Delgada a vinte do citado mês e seguindo em viagem triunfal pelas restantes ilhas dos Açores, sempre alva das maiores manifestações que se tem visto, operando vários milagres de curas que a ciência julgava incuraveis. Aqui vai a referencia á Ribeira Quente que se encontra no livro “Nossa Senhora de Fátima Segunda jornada: Madeira, Açores, Africa Portuguesa”. Eis o comentário:
«Ribeira Quente… aqui o caso tornou-se sério!... os pescadores alinharam os barcos junto á terra e baixam as velas á passagem do cortejo. A hora avança e o Senhor Bispo entende que não pode consentir em mais demora. O quê?! Nossa Senhora não há-de ir á igreja que eles prepararam com tanto esmero?! Ah! Isso nunca!... E arrojam-se ao chão… seguram o carro e não deixam seguir. De nada valem os bons conselhos, as palavras já mais impacientes, a voz autoritária. Nada os demove!... Querem Nossa Senhora na sua igreja. E não houve remédio senão fazer-lhes vontade. Indisciplina? A Senhora de certo teria assistido sorridente do alto céu, com todos os seus anjos a esta luta na terra. Não seria uma prova de amor dos pescadores?...
As velas dos barcos lá continuaram curvadas em sinal de reverência. E os homens corriam com garrafas cheias de água salgada a tocar a milagrosa Imagem. Para que? Eles mesmos dão a resposta: quando um dia o mar se erguer em fúria, pronto a engolir num momento as suas frágeis barquinhas, a água que tocou a Senhora derramada sobre ele, acalmará as vagas alterosas»…

ANO DE 1976



Ano de 1976 – Novo Cemitério

ANO E 1916



PADRE ANGELO DE AMARAL





Dos Arquivos Paroquiais pode-se extrair o seguinte:

"Em 29 de Junho de 1916, toma posse desta paróquia o Padre Angelo de Amaral, natural da Lomba do Alcaide da Povoação, que dá maior incremento ás obras da igreja até que em vinte e dois de setembro de 1917, no meio do maior regosijo, o Senhor Bispo de então Dom Manuel Damasceno da Costa, procede á benção da nova igreja."

ANO DE 1959






PADRE SILVINO DE AMARAL






Dos Registos Paroquiais podemos extrair o seguinte:

"Na vida desta Paróquia de São Paulo da Ribeira Quente, ouvidoria de Povoação da Diocese de Angra é digna de menção a nomeação do Reverendo Padre Antero Jacinto de Melo, natural desta freguesia onde paroquiou durante quatro anos, para assistente dos emigrantes católicos portugueses do Canadá. Para o substituir foi nomeado pároco o Rev. Pe. Silvino de Amaral, natural da Povoação. Foi ordenado presbitero em Angra no dia quinze de Junho de mil novecentos e cinquenta e oito e celebrou sua missa nova na Povoação em vinte e nove de Junho de mil novecentos e cinquenta e oito. Frequentou o Post-Seminário durante o ano lectivo de 1958 – 1959 e em Julho de mil novecentos e cinquenta e nove recebeu de D. Manuel Afonso de Carvalho nomeação para paroquiar na Ribeira Quente. No dia um de Agosto de mil novecentos e cinquenta e nove tomou posse da paróquia que lhe foi confiada e no primeiro domingo que nela celebrou foi apresentado ao povo pelo Rev. Pe. Antero que então já se encontrava em fériaS, aguardando a sua partida para Nelson do Canadá.




Ribeira Quente e Arquivo Paroquial, aos 14 de Agosto de 1959"